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SANTA MATILDE 4.1 , SONHO DE CONSUMO PRESERVADO!!!

Para quem não conhece, a história da criação de um dos grandes esportivos nacionais, o Santa Matilde, é muito interessante. Vejamos o que diz a Wikipédia a seu respeito:
"Em 1975 o governo brasileiro proibiu a importação de automóveis e suas peças. Isto era um sinal de problemas para quem possuía um veículo importado, pois afetaria diretamente a aquisição de peças para a manutenção.
Neste grupo de pessoas estava o Dr Humberto Pimentel, que possuía um Porsche Targa 911S e a futura falta de peças já o preocupava bastante. Em meados da década de 1970, o Dr Humberto resolveu comprar um carro esportivo nacional. Sua escolha foi pelo melhor carro esporte nacional da época, o Puma GTB. Não se sabe ao certo o que levou o Dr Humberto a criar seu próprio automóvel. As duas versões mais conhecidas são de que, após analisar o Puma GTB, ele haveria sugerido algumas mudanças no carro visando uma melhora no que dizia respeito à estrutura, segurança, estabilidade. A resposta teria sido negativa e isto lhe impulsionou a pensar num carro esporte que chegasse ao seu nível de exigências.
Outros relatos falam em uma fila de espera muito grande para adquirir o Puma GTB e que este, teria sido o real motivo.
Independente de qual versão esteja certa, o que importa é que foi o início do automóvel SM. O primeiro passo foi criar o projeto do carro e uma equipe começa a ser montada para isto. Para chefiar esta equipe o nome escolhido foi o do engenheiro Milton Peixoto. Dentre os outros profissionais chamados temos o pintor Cici e os soldadores Antonio Alves e João da Silva.  Nesta fase, em dezembro de 1975, entra para a fábrica,  Antonio Manuel Penafort Pinto Queirós, conhecido pelos membros do SMClube como "Antonio projetista" e que possui o seu SM 1979 até hoje totalmente original.
Sob a batuta do Dr Humberto, nasce o projeto do SM,  assinado por sua filha Ana Lídia. Segundo declarado pelo próprio Dr Humberto, foram colhidas idéias de vários automóveis da época, não tendo servido de base para o SM,  um único automóvel.
O próximo passo a ser definido seria qual a mecânica usar. A escolha foi a do Alfa Romeo, mas a fábrica negou a concessão para o uso. A opção então foi usar a mecânica 6 cilindros dos  Chevrolet Opala. Para a criação do protótipo inicial, o nome escolhido foi o de Renato Peixoto,  muito conhecido no meio automobilístico por ter trabalhado em diversos projetos de automóveis de corrida, como o Casari A2, o qual pilotou nas 1000 milhas do Autódromo de Interlagos de 1970. Pois bem, estavam unidas "a fome e vontade de comer" e a criação do SM iria começar. A equipe para produção do protótipo foi montada usando uma parte da mão de obra da própria fábrica, pintores, lanterneiros e outros, contratando também mão de obra externa.  Para o cargo de designer foi chamado um funcionário da área agrícola da fábrica, Flávio Monnerat.
chassis foi desenvolvido pelo próprio Peixoto a partir das longarinas do Opala. Longarinas são vigas de secção variável montadas longitudinalmente que proporcionam rigidez estrutural ao chassis."
Quem tem mais idade, conhece alguns dos modelos SM, fabricados entre 1977 e 1997, quando a fábrica fechou as portas encerrando a produção, que nunca foi substancial, até mesmo, pelos altos custos do veículo.
Esta da foto, é uma verdadeira testemunha da época de ouro das SM. Trata-se de uma legítima e originalíssima Santa Matilde 4.1, ano/modelo 1986, há muitos anos nas mãos de um mesmo proprietário, e que apresenta no odômetro, apenas pouco mais de 58 mil kms rodados. 
O carro, pertence ao empresário e antigo-mobilista passo-fundense, Marco Antônio Silva, o "Xoko", que resolveu aproveitar o aniversário de 30 anos do carro, para lhe presentear com um Certificado de Originalidade para Veículos Automotores, a famosa Placa Preta, fornecido pela FBVA - Federação Brasileira de Veículos Antigos, através de suas entidades afiliadas.
Neste sábado, Juliano Feijó, avaliador do ACVA - Auto Club Veículos Antigos de Passo Fundo, treinado pela FBVA efetuou a vistoria da SM, que atingiu 90 pontos em 100 possíveis. 
A avaliação agora, juntamente com dezenas de fotografias que atestam sua condição, será enviada à FBVA, para análise e aprovação, e só depois do retorno, poderá ser apresentada no Detran RS para a mudança da placa normal, para a Placa Preta.
Veja mais fotos deste belo carro:
























Parabéns ao Xoko, pelo belo exemplar, afinal, com 30 anos, sem sofrer restauração ou alterações profundas,o carro merece mesmo o Certificado de Originalidade!!!


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