A Harley-Davidson assumiu o controle da venda de suas motos no Brasil e anunciou 12 novas revendas até o fim do ano, 11 delas nas principais capitais. Quatro estarão na cidade de São Paulo e duas no Rio de Janeiro. Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e a cidade de Campinas (SP) terão uma concessionária cada. O Grupo Izzo, que por 19 anos revendeu Harley-Davidson no Brasil, não tem mais vínculo com a marca desde o dia 7 de fevereiro de 2011. Quem precisa de uma autorizada hoje conta com apenas dois pontos, um em São Paulo (Auto Star) e outro em Belo Horizente (Ground Force).
As novas lojas começam a vender motos entre março e abril. Serão ao todo 13 versões diferentes de cinco linhas, Sportster, Dyna, Softail, Touring e VRSC (V-Rod). A empresa ainda não divulgou uma tabela de preços, mas afirma que terá preços iguais ou mais baixos que os já praticados. O modelo mais acessível será a 883R, antes tabelada em cerca de R$ 27 mil. Na base da lista há uma nova versão, a Iron 883, que troca os cromados por preto fosco e vem com assento pequeno, apenas para o piloto (a Sportster 883R vem com banco para piloto e garupa). De acordo com a fabricante norte-americana, toda a linha 2011 da Softail (em que estão a Fat Boy e a Heritage Classic, por exemplo) passa a vir com sistema antitravamento nos freios.
Harley-Davidson VRSC (V-Rod)
De olho no mercado brasileiro, a Harley anunciou uma nova fábrica em Manaus, que começa a produzir em agosto. “A atual tem cerca de 7 mil metros quadrados e vários galpões em níveis diferentes. A nova terá área construída 40% maior e toda plana, o que torna melhora a eficiência e segurança”, afirma Celso Ganeko, diretor industrial da marca. Vale lembrar que a Harley-Davidson já monta motos no Brasil desde 1999.
Além dessa nova planta haverá um centro de distribuição de peças em Cotia (SP), ao lado do rodoanel, e também uma sede para a empresa, no bairro do Morumbi, em São Paulo, com inauguração prevista para março. Ali funcionará um show-room, com motos, peças, roupas e acessórios. O prédio também servirá de centro de treinamento.
A saída do Grupo Izzo foi definida em 2010 em razão de uma ação movida pela empresa americana. As principais alegações foram quebra de cláusula de exclusividade (venda de motos de outras marcas), falhas na assistência técnica e o empenho a bancos de motos já vendidas e pagas por consumidores. Contudo, uma fonte de dentro do Grupo Izzo (que chegou a ser o maior concessionário Harley-Davidson no mundo) informa que o grande motivo foi o potencial do mercado brasileiro. Longino Morawski, diretor superintendente comercial da Harley-Davidson no Brasil, não rejeita essa tese: “Tudo o que fizemos está ligado ao desejo de expansão das operações”, conclui. Em dezembro, esse embate resultou em um acordo sigiloso entre as duas empresas.
Fonte: AutoEsporte
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